
"Não quero sugar todo seu leite, nem quero você enfeite do meu ser. Apenas te peço que respeite o meu louco querer. Não importa com quem você se deite, que você se deleite seja com quem for. Apenas te peço que aceite o meu estranho amor.
Teu corpo combina com meu jeito. Nós dois fomos feitos muito pra nos dois. Não valem dramáticos efeitos, mas o que está depois. Não vamos fuçar nossos defeitos, cravar sobre o peito as unhas do rancor, lutemos mas só pelo direito ao nosso estranho amor".
Ando querendo demais, esta volúpia me invade, os beijos sozinhos não me satisfazem. Desejo pele na pele, poros nos poros, saliva, línguas, dedos, marcas, vontades ocultas. Ao meu bel-prazer. Não abro mão de amar, mas preciso delirar. É uma necessidade de um corpo cálido, que repele frieza, desdém, palidez, falta de gosto, ausência de cheiros, inércia, atitudes púdicas.
Se for pra se entregar que seja assim, carregada de desejo, com o corpo trêmulo. Jogar-se por inteiro, esgotar tudo, deixar escoar as sensações sem se prender, sem pudorizar o despudor.